Chamados "Centros Humanitários de Acolhimento", as cidades provisórias irão acolher pessoas vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. Trata-se de algo inédito no Brasil, que promete ser uma novidade em termos de política pública habitacional para acolher vítimas de tragédias climáticas.
Em Canoas, começaram a ser erguidas as 208 casas montáveis, que farão parte da estrutura das cidades provisórias. Elas foram cedidas pela Acnur — Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados. As casas serão erguidas em pasço próximo à Refinaria Alberto Pasqualini.
Também serão erguidas casas dentro da proposta no Centro Vida, em Porto Alegre. A capital do Rio Grande do Sul foi uma das mais afetadas pelas chuvas ocorridas em maio. Na capital, haverá esses centros no estacionamento do Porto Seco e no Centro de Eventos Ervino Besson.
No estacionamento do Porto Seco, o projeto e a organização da cidade provisória estão em fase final, prestes a serem entregues às famílias. Já no centro de eventos, ainda está sendo feito o levantamento do terreno. Assim, antes da execução, vem sendo feita avaliação de condições e de necessidades para infraestrutura.
A previsão informada pelo governo é de que a primeira cidade provisória fique pronta até o final de junho. Dito de outra forma, em até 20 dias essas casas poderão receber famílias afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Hoje, há cerca de 10,4 mil pessoas em abrigos públicos no estado.
Porto Alegre e Canoas são as primeiras cidades contempladas no Rio Grande do Sul com as cidades provisórias. Isso porque, segundo o governo Estado, nelas estão cerca de 50% da população desabrigada. Além disso, nessas cidades houve um avanço mais célere nas tratativas para a implementação dos Centros Humanitários de Acolhimento.
Há tratativas em andamento com as prefeituras de São Leopoldo e Guaíba. Em breve, é possível haver o anúncio da instalação de Centros Humanitários de Acolhimento nessas cidades.
Está previsto que outras cidades do Rio Grande do Sul recebam estruturas da cidade provisória.
As casas das cidades provisórias do Rio Grande do Sul devem contar com uma completa infraestrutura de serviços básicos para as famílias. Contarão com refeitório, cozinha, lavanderia, fraldário, banheiros, entre outras estruturas. Além disso, contam áreas para assistência médica e social, de convivência, para crianças e animais de estimação.
Além disso, ficam próximos de postos de saúde, escolas e pontos de ônibus. As unidades serão modulares, em formato de tenda galpão retangular) e tenda piramidal. Contarão com estruturas metálicas e divisórias internas, que servem para definir os espaços ocupados por cada família .
Trata-se de uma estrutura que já é utilizada em hospitais de campanha e outras estruturas emergenciais.
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Segundo as regras definidas pelo governo do Rio Grande do Sul, a seleção das famílias que vão ocupar os espaços será feita pelas prefeituras. As prefeituras também estão responsáveis pela oferta de serviços de água, saneamento e luz.
A administração dos espaços será feita pela OIM — Organização Internacional para as Migrações. Ela será responsável pela triagem, limpeza e atividades de integração e alimentação, dentre outras funções.
As ideias principais sobre as cidades provisórias podem ser lidas aqui.
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